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Notícia
publicado em 01/07/2025
Fraude trabalhista: a face invisível da exploração no mercado de trabalho
Empregadores negam direitos, mascaram vínculos e colocam em risco o futuro de milhares de trabalhadores brasileiros.
Milhares de trabalhadores brasileiros enfrentam diariamente uma realidade marcada por injustiças silenciosas: a fraude trabalhista. Embora prevista no ordenamento jurídico como crime, essa prática persiste de forma alarmante em diferentes setores da economia e atinge, sobretudo, os profissionais em situação mais vulnerável. Em essência, a fraude trabalhista ocorre quando os direitos assegurados por lei são negados, omitidos ou manipulados com o objetivo de reduzir custos para o empregador. Isso inclui a não assinatura da carteira de trabalho, o não pagamento de horas extras, a ocultação de adicionais como insalubridade ou periculosidade, e até mesmo a ausência de recolhimento do INSS e do FGTS. Em muitos casos, o trabalhador sequer percebe que está sendo lesado, pois essas irregularidades são incorporadas à rotina como se fossem normas da empresa ou "práticas do mercado".
As consequências são graves e vão muito além do salário mensal. Ao ser privado de seus direitos, o trabalhador também perde o direito ao 13º salário, às férias remuneradas, ao saque do FGTS em momentos emergenciais e à estabilidade previdenciária. Em casos de doença ou acidente, ele se vê desamparado, sem acesso a benefícios como auxílio-doença, licença remunerada ou aposentadoria. Trata-se de um impacto que se acumula ao longo do tempo e que, muitas vezes, só é percebido quando o prejuízo já é irreversível.
Mesmo diante de tantos danos, a maioria das vítimas não denuncia. O medo da demissão, da retaliação ou até mesmo da invisibilidade jurídica impede que muitos busquem seus direitos. Esse silêncio, porém, é o que mantém o ciclo da exploração. Quando não há resistência, a fraude se institucionaliza e se perpetua. Profissionais que trabalham regularmente, muitas vezes se arriscando em ambientes insalubres ou perigosos, seguem sem o mínimo reconhecimento legal.
Especialistas reforçam que o combate à fraude trabalhista depende tanto da ação fiscalizadora dos órgãos públicos quanto da conscientização e mobilização dos próprios trabalhadores. Buscar orientação jurídica, reunir provas e denunciar são passos fundamentais para romper com essa lógica perversa. Sindicatos, Defensorias Públicas e o Ministério Público do Trabalho estão entre os canais que oferecem suporte gratuito e sigiloso.
Fraude trabalhista não é um problema individual. É um reflexo da desigualdade estrutural e da fragilidade das relações de trabalho em muitas regiões do país. E enquanto esse crime seguir sendo ignorado, quem mais sofrerá será sempre o lado mais fraco da relação: o trabalhador.
O SINTTARESP segue firme na luta contra as atitudes fraudulentas praticadas por empresas que insistem em desrespeitar os direitos dos profissionais da radiologia. A entidade atua de forma constante na apuração de denúncias, no acolhimento dos trabalhadores prejudicados e na exigência de providências legais junto aos órgãos competentes. Para o Sindicato, combater a fraude é defender a legalidade, a valorização da categoria e a justiça nas relações de trabalho.
Se você tem conhecimento de qualquer prática ilegal contra profissionais da radiologia, denuncie. O sigilo é garantido, e sua participação é essencial para proteger os direitos da categoria.