Após a pressão da população, sindicatos e movimentos sociais, que lotaram o Ministério Público do Estado de São Paulo, na noite de ontem (27), ficou definido a criação de uma comissão para acompanhar o plano de reestruturação das unidades de Saúde na capital paulista. Representantes da Diretoria do SINTTARESP estiveram presentes durante as quase cinco horas de evento.
Ao final da Audiência Pública, a Promotora de Justiça, Dora Martin Strilicherk, da Promotoria de Justiça de Direitos Humanos, pediu à Prefeitura, representada na mesa de debates por Daniel Simões, chefe de gabinete da Secretaria Municipal da Saúde, que suspendesse o fechamento das Assistências Médicas Ambulatoriais (AMAs).
MP-SP
Na abertura dos trabalhos, a Promotora Dora Strilicherk mostrou os inquéritos que já estão em andamento relacionados ao fechamento das unidades. Todos abertos após inúmeros pedidos da população, tendo um deles, inclusive, contado com um abaixo-assinado com cerca 6 mil assinaturas.
Ânimos aflorados
O Secretário Municipal de Saúde, Wilson Pollara, foi recebido com vaias por um auditório totalmente lotado, com pessoas acompanhando a audiência sentadas no chão ou em pé. Muitas pessoas não conseguiram entrar e ficaram do lado de fora.
Durante os debates, houveram diversas manifestações da população direcionadas à Prefeitura e muitos aplausos aos que se manifestavam no microfone contra o fechamento das unidades de Saúde municipais.
Posicionamento da Prefeitura
De acordo com Pollara, a mudança será gradativa e, até dezembro, as equipes de saúde da família passarão de 1.331 para 1.625, um acréscimo de 295 novas equipes para atender toda a cidade. Ainda segundo o mesmo, com essa mudança será possível realizar 17,55 milhões de consultas/ano.
A Promotora teve que interromper a fala do Secretário muitas vezes para pedir silêncio a plateia, que manifestou fortes críticas à gestão Dória durante toda a apresentação. Mesmo assim, Pollara afirmou que a reestruturação visa melhorar o atendimento na área da Saúde da cidade.
Desfecho
Ficou acertado que a Prefeitura de São Paulo disponibilizará no Portal da Transparência os dados e pesquisas que levaram à criação deste projeto, da mesma forma que ficou acordado a elaboração de uma comissão para acompanhar o plano de reestruturação.
Considerando a posição unânime dos presentes contra o fechamento das AMAs, o MP-SP também pediu suspensão do projeto até que seja realizado uma reavaliação dos impactos na saúde do município.
Sabendo que tal plano afetará os Tecnólogos e Técnicos em Radiologia, que trabalham nas unidades, o Sindicato repudia a conduta da Prefeitura e espera que após todos os posicionamentos contrários enfatizados na Audiência Pública, a mesma volte atrás e mantenha as Assistências Médicas Ambulatoriais abertas.
‘NÃO’ AO FECHAMENTO DAS AMAs! ‘SIM’ PARA QUE A VONTADE DA POPULAÇÃO SEJA RESPEITADA!
Assessoria de Imprensa – SINTTARESP