A contaminação é o termo utilizado quando o material radioativo pode se impregnar em utensílios diversos, em pisos, tetos ou em pessoas. Nestes casos o objeto ou a pessoa contaminada se transforma em uma fonte de radiação.
O material radioativo fica impregnado na pele, o que é chamado de contaminação externa, ou ser incorporado pelo indivíduo, que é a contaminação interna.
Esse tipo de contágio pode ocorrer por inalação, ingestão, ou por algum corte na pele que permita a entrada do material radioativo no corpo do indivíduo. Nessa situação, todos os fluidos liberados por ele também estarão infectados.
Áreas de risco
Das áreas de radiodiagnóstico, a que apresenta a maior probabilidade de contaminação dos trabalhadores é a Medicina Nuclear, que utiliza isótopos radioativos injetados no paciente, para a obtenção de imagens.
Na área industrial, normalmente os profissionais de Instalações do Ciclo do Combustível Nuclear correm maior risco, por manusearem o minério de urânio.
Normas de proteção
As normas de radioproteção se resumem em três fatores: distância, blindagem e tempo. Essas orientações são adequadas àqueles que trabalham com campos de radiação X e gama: mamografia, raios-X convencionais, tomografia, densitometria óssea, radioterapia com fonte de cobalto ou na área de controle de qualidade (radiografia industrial) em instalações industriais.
No caso de possibilidade de contaminação dos profissionais, a instrução é evitar o contato com o material radioativo, utilizando os equipamentos de proteção adequados a cada isótopo (luvas, protetores para os sapatos, aventais de pano, aventais de chumbo, máscaras, toucas para proteger os cabelos, etc.). Quando o isótopo radioativo é volátil, normalmente a instalação possui uma capela com filtros e exaustão adequada.
Contra a exposição, em Medicina Nuclear, pode ser feita a proteção da seringa em uma blindagem adequada, pela utilização de tijolos de chumbo ao redor dos radioisótopos, pela utilização de vidros plumbíferos na bancada onde se faz a eluição dos geradores de Tecnécio-99 m.
A lixeira, onde são descartados materiais contaminados, também deve ser blindada de modo a minimizar o nível de radiação no interior do laboratório.
Os profissionais também não devem permanecer um tempo desnecessário no interior do laboratório onde ficam os materiais radioativos.
Fonte: Portal da Radiologia