Sem dúvida a internet é uma grande ferramenta que possibilita comunicação, interação e aprendizagem entre as pessoas, mas isto não justifica a violação de intimidade que tem se tornado cada vez mais frequente por alguns profissionais da área de radiologia com a exposição de fotos de pacientes acidentados em redes sociais.
Querendo compartilhar experiências e conhecer outras opiniões, grupos (podendo ser até particulares) no Facebook e Whatsapp trocam fotos sem concordância ou ciência da publicação por parte das vítimas ou seus familiares.
É bom reforçar que estes atos são antiéticos e criminosos, como consta no Artigo 5º Inciso X da Constituição Federal, o qual afirma que “são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito à indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação”.
Mesmo enviando apenas para conhecidos ou pessoas “de confiança” não é uma atitude ética, já que a internet é um ambiente sem filtro e qualquer descuido faz com que os mal-intencionados tenham acesso a tudo o que fica registrado na memória dos aparelhos. Ou seja, os profissionais precisam se conscientizar que fotografar pacientes é um delito grave, assim como espalhar as imagens sem autorização de quem está nela.
O ideal para compartilhamentos de ideias e dividir experiências é um local destinado apenas para este fim, que são mais seguros. A responsabilidade de ser um profissional é tão importante quanto o respeito ao ser humano. Afinal, como diz o ditado: “não fazemos com os outros aquilo que não queremos que façam com a gente”.
Fonte: CONTER (Conselho Nacional dos Técnicos em Radiologia)