No final de janeiro deste ano regiões do leste da Austrália estiveram sob alerta de radiação por conta de uma cápsula radioativa perdida. O material (que mede 6mm x 8mm) é utilizado na mineração e foi perdido quando passava pela cidade de Newman, uma remota região do país, a caminho de uma mina.
As autoridades locais, Departamento de Bombeiros e Serviços de Emergência, emitiram alerta de perigo radioativo e iniciaram as buscas da cápsula de prata que contém Césio-137, dizendo que "a exposição a essa substância pode ocasionar queimaduras ou doenças causadas pela radiação".
Outro dos riscos de exposição ao Césio-137 em longo período está o desenvolvimento de câncer.
A cápsula foi perdida no dia 12 de janeiro, mas encontrada só dias depois na beira da estrada, o que preocupou ainda mais as autoridades. As buscas não foram fáceis pois o trajeto percorrido foi de 1.400 km de rodovia.
Por conta do local afastado e com poucas pessoas transitando, região praticamente desértica, não houve relatos ou suspeita de pessoas contaminadas pela radiação.
Segundo publicação da CNN Brasil, a Radiation Services WA, empresa de consultoria sobre radiação, informou que ser exposto à cápsula por uma hora forneceria aproximadamente 1,6 milisieverts (mSv), equivalente a cerca de 17 radiografias de tórax padrão.
No Brasil, a exposição ao Césio-137* ficou famosa em 1987, quando em *Goiânia um aparelho de radioterapia abandonado e fragmentado se espalhou causando um pó azul brilhante num ferro-velho, que gerou curiosidade e fez com que pessoas se aproximassem da substância e levassem para casa.
Na ocasião, 249 pessoas apresentaram sintomas de contaminação, 4 pessoas morreram, oito desenvolveram Síndrome Aguda de Radiação (SAR) e estimasse que cerca de 1.600 foram diretamente afetadas em decorrência da radiação provocada pelo Césio-137.
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Georges Ken Norton de Oliveira