Na última quinta feira, dia 13 de maio, a diretoria do nosso Sindicato realizou a primeira rodada de negociações com os Sindhosfil da base de São Paulo e de Ribeirão Preto (SINDHOSFIL).
A intenção da diretoria, representada pelo seu presidente, Sinclair Lopes, sua diretora Renata e o diretor Celso, acompanhados de sua assessoria jurídica, era apresentar a nossa pauta de reivindicações com as reais demandas da categoria e travar um novo patamar de diálogo com o Sindicato patronal.
O que se presenciou, no entanto, foi a completa grosseria por parte do Sr. EDISON FERREIRA DA SILVA diretor da Santa Casa e representante do SINDHOSFIL.
Apresentamos as reivindicações da categoria, dentre elas o reajuste salarial com aumento real, o piso salarial, a hora extra e a cesta básica e nós do Sintaresp defendemos o fim do banco de horas. O representante do SINDHOSFIL, por meio de um discurso ditador autoritário, negou-se a tentar entender os nossos problemas e a aceitar nossas soluções.
Sob o argumento de que nenhuma das outras categorias obteve aumento real, o SINDHOSFIL simplesmente se recusou a conceder os 12% de aumento salarial requerido por nós, inclusive ameaçando a encerrar as negociações se continuássemos com essa reivindicação.
De acordo com o sindicato patronal, as negociações foram fechadas com as demais categorias trabalhadoras com reajustes salariais próximos a 7% até abril de 2013, o que configura um aumento real perto de 0,6%.
É importante ressaltar, no entanto, que os dois índices utilizados para avaliar o reajuste salarial giraram praticamente em torno do aumento concedido nos últimos 12 meses: o INPC-IBGE (Índice Nacional de Preços ao Consumidor – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de maio de 2013 é de 6,95% e o ICV-DIEESE (Índice do Custo de Vida do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) em 6,87%. Ou seja, hoje, 7% de reajuste não é aumento real!
O que se percebe com isso é o descaso com a nossa necessidade de obtermos aumento salarial que não se limite à inflação. Recuperar as perdas e melhorar as condições salariais da nossa categoria é apenas o primeiro passo para termos condições satisfatórias de trabalho e atendimento de qualidade á sociedade.
Afirmamos aqui que, para o nosso Sindicato, não há possibilidade de qualquer negociação se não conseguirmos avançar nas nossas reivindicações centrais, como o aumento real do salário da categoria, melhores condições de trabalho, jornadas humanizadas e exclusividade do trabalho de técnicos e tecnólogos no setor da radiologia. Não podemos nos satisfazer com argumentos vazios que, com base na boa intenção da filantropia, utilizam-se do sucateamento da nossa força de trabalho e da má remuneração das nossas trabalhadoras e dos nossos trabalhadores.
Para isso, é necessário que nos conscientizemos e nos mobilizemos para que, só assim, possamos avançar nas nossas reivindicações e obtermos ganhos concretos para a nossa categoria. Continuaremos na luta para que nossa voz seja ouvida e as nossas demandas sejam atendidas.