Todos nós sabemos que a ressonância magnética permite o diagnóstico de diversos tipos de traumas e doenças, mas você sabia que a ressonância magnética também já possibilita identificar a quantidade de açúcar em uma fruta ou até descobrir se o leite foi adulterado?
Imagine o futuro com toda essa inovação: o consumidor poderá saber se uma fruta está doce ou azeda sem precisar experimentar o produto antes de levar para casa. Milagre? Não isso é tecnologia!
Desenvolvido por pesquisadores da Embrapa Instrumentação, em São Carlos, o equipamento permite analisar de forma rápida e sem destruir ou estragar os alimentos e até mesmo identificar se sucos de frutas, leite e azeite estão adulterados.
De acordo com o criador do aparelho, o bioquímico Luiz Alberto Colnago, a ressonância magnética nuclear pode ser usada em supermercados para garantir a qualidade do produto ao consumidor, da mesma forma que atualmente se utilizam balanças para verificar o peso.
O aparelho funciona como um sistema que mede a composição química de um alimento. Além de medir a quantidade de açúcar em uma fruta, o equipamento também pode ser ajustado para avaliar o teor de álcool no vinho ou o de gordura em sementes de amendoim ou carnes e embutidos.
Segundo o pesquisador, a ideia é que o aparelho seja de uso bem geral, para que analise todos os alimentos que estão à disposição do consumidor: carnes, frutas e verduras.
Como Funciona?
A análise dos alimentos é feita de forma contínua, em um equipamento semelhante a uma esteira, o que possibilita certificar a qualidade de uma grande quantidade de produtos ao mesmo tempo. A única limitação, por enquanto, são os pacotes metálicos, latas e embalagens tetra pak, que impedem a leitura do conteúdo do alimento.
Isso acontece, pois a embalagem tetra pak (usada nas embalagens de leite), impossibilita que a onda de rádio penetre no conteúdo. Mas, no caso de vidro ou mesmo saquinhos plásticos, é possível dizer até como esta o alimento ou liquido dentro dessa embalagem, como por exemplo, o estado de fermentação do leite, ou se o alimento foi recém colhido, se tem um sistema de higienização não muito bom. A técnica permite até como prever quando o leite vai estragar.
A boa notícia é que em até dois anos toda essa tecnologia poderá fazer parte da nossa vida, ou seja, estará disponível diretamente ao consumidor e, assim, evitará que produtos falsificados ou sem qualidade sejam comercializados.