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Notícia
publicado em 27/05/2025
One Laudos e OLaudo na mira do MTP E MTE: esquema com empresas terceirizadas precariza vínculos de trabalho na radiologia
Ministério Público do Trabalho e Ministério do Trabalho e Emprego estão apurando denúncias de pejotização e uso indevido de “sócios cotistas” para burlar direitos trabalhistas em unidades de saúde de Osasco e São Bernardo do Campo.
O Ministério Público do Trabalho (MPT) e o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) estão investigando um possível esquema de terceirização irregular envolvendo profissionais de radiologia em hospitais públicos do Estado de São Paulo. A denúncia, apresentada pelo SINTTARESP — sindicato da categoria —, aponta que empresas contratadas por prefeituras e organizações sociais têm utilizado a figura de “sócios cotistas” para fraudar relações de emprego e reduzir custos operacionais à custa dos direitos dos trabalhadores.
A Notícia de Fato nº 000380.2025.02.002/0, instaurada em 28 de fevereiro de 2025, denuncia especificamente práticas ilegais ocorridas no município de Osasco, envolvendo empresas como One Laudos Diagnósticos Médicos, O Laudo Telerradiologia, Imaging Pró Ltda. e a Primex Ltda, que prestam serviços em inúmeras unidades de saúde, como o Pronto Socorro Dr. Osmar Mesquita. Confira os documentos:https://drive.google.com/file/d/1ysYRNQCurxqNnYB-MhQ99LF7F0-4s6Jp/view?usp=sharing
Segundo o sindicato, as empresas contratam técnicos, tecnólogos e auxiliares em radiologia como se fossem prestadores de serviço autônomos, mas exigem rotina fixa, plantões e subordinação direta — características típicas de vínculo empregatício. Em vez de registro em carteira, os profissionais são incluídos como “sócios cotistas” nos contratos sociais das empresas terceirizadas, com participações simbólicas de R$ 200,00. Essa estrutura, chamada de sócio cotização, tem sido caracterizada como fraude trabalhista pelo MPT e MTE e já é tema de inquéritos civis em curso. Confira:https://drive.google.com/file/d/1OBjWDE7W921mMqaxuQlcb-e7PtfIrs5U/view?usp=sharing
De acordo com o MPT e o MTE, os profissionais não têm autonomia, não podem ser substituídos e dependem integralmente das empresas para atuar, o que configura subordinação — um dos pilares do vínculo empregatício. Além disso, estão submetidos a escalas de plantão fixas, como demonstram os documentos e cronogramas entregues pelo sindicato. Confira: https://drive.google.com/file/d/1qckRdwMH1kb4c_GE2U7QpVZ9cim4LHgm/view?usp=sharing
A certidão emitida pelos próprios ministérios confirma que há pelo menos dois inquéritos civis abertos e um procedimento de notícia de fato ativo, relacionados às práticas dessas empresas, especialmente em Osasco e São Bernardo do Campo.
A ausência de controle formal de jornada impediu a confirmação das escalas efetivamente cumpridas, e a ação fiscal foi encerrada com três autuações registradas no relatório oficial.
Os prejuízos para os trabalhadores são graves: sem registro em carteira, eles não têm acesso a direitos como 13º salário, férias remuneradas, FGTS, licença médica, seguro-desemprego e proteções previdenciárias. O modelo representa uma política deliberada de precarização do trabalho técnico em saúde pública, com impactos diretos também na qualidade dos serviços oferecidos à população.
O MPT e o MTE também destaca os efeitos fiscais dessas práticas. Segundo estudos da Fundação Getúlio Vargas citados nas denúncias, a pejotização pode representar uma perda de arrecadação de até R$ 384 bilhões ao ano, caso metade dos trabalhadores CLT migrem para regimes PJ formais.
Até o fechamento desta matéria, o Ministério do Trabalho e Emprego e o Ministério Público do Trabalho, mantém os inquéritos em andamento e, caso comprovadas as irregularidades, poderá mover ações civis públicas e recomendar termos de ajustamento de conduta (TACs) contra os envolvidos.
O sindicato reafirma seu compromisso com a categoria e segue lutando com seriedade na busca por conquistas reais para os trabalhadores.
O SINTTARESP segue firme na luta por melhores condições de trabalho e respeito aos direitos da categoria! A luta é pra valer!
Almir Santiago de Paulo
Secretário de Imprensa - Sinttaresp