O Ministério Público do Trabalho (MPT) também se indignou por conta da demissão de diretor do SINTTARESP praticada pela empresa SPX Serviços de Imagem, pela qual a empresa perdeu a ação e terá de reintegrar o profissional, tendo perda total no processo, como publicado recentemente.
Foi entendido pelo MPT que houve prática antissindical e a demissão ocorreu por conta da relação do profissional da Radiologia com o SINTTARESP, e para que casos assim sejam desestimulados e para que a sindicalização, como um todo, não seja prejudicada, o MPT entrou com o referido processo.
Em que pese a empresa SPX tenha recorrido da decisão,
o MPT também recorreu, pois não aceitou o pagamento em reparação pelos danos extrapatrimoniais coletivos no valor de R$ 80.000,00,
requerendo o valor pedido inicialmente de R$ 200.000,00, além da
solicitação para fixação de multa para que não haja reincidência de casos como este.
No Brasil, que ainda
sofre com resquícios do período escravagista nas relações de trabalho (vide a enorme quantidade de denúncias de trabalho análogo à escravidão recentes), a sindicalização ainda é marginalizada por muitos patrões que propagam esta ideologia através da própria classe trabalhadora. E a prática como a cometida pela SPX
simboliza a perseguição sindical latente no mundo do trabalho.
Para que situações como esta sejam desestimuladas é necessário o enfrentamento jurídico, como o SINTTARESP e o MPT fizeram.
Não podemos retroceder diante de tudo o que já foi conquistado e consolidado na sociedade brasileira.
Existe conexão da ação do CRTR/SP contra o SINTTARESP, uma vez que o empresário da SPX a utilizou como forma de defesa para a tentativa de anulação da eleição do SINTTARESP?
Se sim, será que é por estar sendo denunciado?
Será que o desespero do empresário está tão grande por conta das constantes condenações?
Quem financia tudo isso?
Há interesses externos influenciando as decisões do CRTR/SP? Estão sendo manipulados de alguma forma?
SINTTARESP, A LUTA É PRA VALER EM DEFESA DO TRABALHADOR E DA RADIOLOGIA!
Secretário de Comunicação
Georges Ken Norton de Oliveira