O novo coronavírus, nomeado de COVID-19, foi primeiramente identificado na cidade de Wuhan, na China, onde causou um surto entre a população local. Nunca antes presenciado em seres humanos, o coronavírus vem de uma ampla família viral que afeta humanos e animais com doenças respiratórias.
O nome COVID-19 vem do inglês Coronavirus Disease 2019, é uma doença infecciosa provocada pelo Coronavírus da Síndrome Respiratória Aguda Grave 2 (SARS-CoV-2). A doença possui sintomas parecidos com os da gripe, entre eles febre, tosse, dificuldade para respirar, dores no corpo e cansaço. Os casos mais graves apresentam complicações, como pneumonia, síndrome do desconforto respiratório agudo, sepse, choque séptico e até mesmo morte. Ainda não foi descoberto um tratamento específico para a doença. Atualmente, os pacientes são monitorados em suas funções vitais e os médicos atuam administrando medidas para o alívio dos sintomas.
Em 11 de março de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou o coronavírus como uma pandemia. A atitude é um reconhecimento de que a estratégia atual de conter a proliferação do vírus já não seria suficiente. A classificação define que uma transmissão recorrente está acontecendo em diferentes locais do mundo e de modo simultâneo.
TRANSMISSÃO E PREVENÇÃO DO NOVO CORONAVÍRUS
Investigações relacionadas a transmissão da doença ainda estão em andamento, porém, já é comprovado que a disseminação ocorre por contato, ou seja, de pessoa para pessoa. Importante destacar que essa disseminação pode ocorrer continuadamente.
Sabe-se que a transmissão ocorre pelo ar ou contato individual com secreções que estejam contaminadas, entre elas, saliva, cuspe, catarro e espirros. Deve-se evitar o compartilhamento de objetos pessoais, a proximidade de superfícies contaminadas e o contato pessoal próximo, como apertos de mão. É recomendado que se evite deixar as mãos em contato com a região da face, incluindo olhos, boca e nariz.
O vírus consegue permanecer incubado por duas semanas, tempo que os primeiros sintomas demoram para aparecer desde a contaminação.
DADOS DE CONTAMINAÇÃO NO BRASIL
Em 17 de março de 2020 a atualização de balanço oficial aponta 269 casos de coronavírus no Brasil. Luiz Henrique Mandetta, ministro da Saúde, anunciou um conjunto de medidas para contenção do novo coronavírus. A pasta apresentada antecipa a ampliação de 1,5 mil para 6,7 mil postos de saúde no programa Saúde na Hora, com atendimento a 40 milhões de cidadãos em cidades grandes e médias, em horário estendido.
O governo também informou que tomará medidas envolvendo pessoas que tiveram contato com infectados por coronavírus. As mesmas também poderão ser colocadas em isolamento e quarentena enquanto o caso é investigado.
Instituições de ensino dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro suspenderam as aulas e aconselharam o trabalho em casa. O governo também recomendou que, por hora, a população cancele viagens que não sejam essenciais. Além disso, também estão sendo recomendados os cancelamentos de jogos de futebol, shows e manifestações.
A Fundação Oswaldo Cruz e o Ministério da Saúde estão treinando técnicos de laboratórios públicos dos Estados brasileiros para que sejam capazes de testar pacientes com possibilidade de infecção.
DISSEMINAÇÃO PELO MUNDO
Nas primeiras semanas de março de 2020, os dados de indivíduos contaminados no mundo já atingiam o número de 124.101. A contagem de mortes já alcança a marca de 4.566 pessoas. As vítimas fatais são de 113 países e territórios diferentes.
A China, sem incluir Hong Kong e Macau, país onde a epidemia foi declarada no final de dezembro de 2019, computou 80.778 casos, com 3.158 mortes.
Depois da China, a Itália é o país mais afetado. No país europeu, a grande maioria dos casos foi detectada na Lombardia e Vêneto, já são 12.462 casos confirmados e 827 mortes. Preocupados, o governo decidiu fechar as escolas e universidades até o meio de março para conter a disseminação do vírus.
O Irã vem depois da Itália em número de infectados. São 9.000 casos confirmados e 354 óbitos. Seguem na lista a Coreia do Sul, com 7.755 casos e 60 mortos, e a Espanha com 2.128 casos 47 falecimentos.
Albânia, Suécia, Irlanda, Bélgica, Panamá e Bulgária já divulgaram seus primeiros casos fatais. Brunei, Honduras, Bolívia, Costa do Marfim, Turquia, noticiaram casos pela primeira vez em seu território.
Contabilizando registros, a Ásia acumula 90.535 infectados, a Europa tem 22.307 contaminados, o Oriente Médio 9.876 pessoas com o vírus, 989 casos confirmados nos Estados Unidos e Canadá, a América Latina e Caribe possuem 148, Oceania 129 e a África 117.
AMBIENTES DE TRABALHO
As empresas estão sendo obrigadas a cumprir determinações de segurança. A CLT, artigo 157, incisos I e II determinam medidas de precauções para evitar doenças ocupacionais. Os empresários devem considerar tomar atitudes que configurem o local de trabalho como ambiente saudável. É fundamental o fornecimento de álcool em gel e equipamentos e locais higienizados. Funcionários devem manter as mãos limpas e evitar multidões, viagens que não sejam de extrema importância e fazer o teletrabalho, ou seja, a prestação do serviço remotamente.
A Lei 13.979/2020 de fevereiro deste ano, dispõe sobre as medidas que poderão ser adotadas para enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional provenientes do coronavírus. Entretanto, as ações de isolamento e quarentena, somente poderão ser tomadas pelos gestores locais de saúde, mediante autorização do Ministério da Saúde. Em caso de quarentena ou isolamento, as faltas no trabalho serão justificadas.
TAXA DE MORTALIDADE
De acordo com especialistas, o pânico global não é justificável. Um recente artigo no reverenciado periódico The New England Journal of Medicine presume que, a quantidade de casos assintomáticos ou que apresentam sintomas mínimos é muito maior do que o de casos confirmados. A taxa de mortalidade da doença é menor do que 1%.
Por se tratar de uma doença que afeta o sistema respiratório, o novo coronavírus provocou um medo exacerbado na população mundial. No entanto, mesmo que a epidemia avance no país, há tratamentos e recursos disponíveis e já conhecidos para tratar os sintomas provocados pelo COVID-19.
O fator climático do país e a população mais jovem também são fatores que beneficiam o cenário nacional. Lugares quentes, como é o caso de muitos estados brasileiros, dificultam a proliferação do vírus e a população mais jovem não apresenta uma taxa de mortalidade alarmante. Porém, a doença apresenta taxa de mortalidade de 15% em indivíduos com mais de 80 anos. Recomenda-se que crianças e adolescentes evitem visitar idosos no momento, já que muitos nem apresentam sintomas, mas podem transmitir o vírus aos indivíduos na faixa etária mais vulnerável.
SINTTARESP