Foto: Divulgação
O presidente eleito Jair Bolsonaro confirmou que o Ministério do Trabalho será extinto e suas atribuições divididas em três pastas - Economia, Justiça e Cidadania. Há algum tempo, ele já vinha sinalizando sua intenção de acabar com o órgão.
Após o comunicado da medida, as principais Centrais Sindicais do Brasil divulgaram uma nota se posicionando sobre a decisão e declaração de Bolsonaro ao dizer que “é horrível ser patrão no Brasil”.
Segundo o texto, tal afirmação “reflete sua falta de consideração e demonstra total desconhecimento da situação causada pela Reforma Trabalhista, que resultou em perda de direitos e não gerou empregos no País. É lamentável que, em uma nação com 13 milhões de desempregados, o presidente eleito faça tal declaração para agradar apenas aos empresários, que financiaram e apoiaram sua eleição”.
Também em nota, o Ministério do Trabalho, que completou 88 anos, afirmou que foi criado "com o espírito revolucionário de harmonizar as relações entre capital e trabalho em favor do progresso do Brasil".
Lamentavelmente, o fim do órgão deve resultar negativamente na vida dos trabalhadores, posto que com o enfraquecimento ainda maior da fiscalização, a consequência imediata seria o aumento das condições precárias de trabalho e o desrespeito à legislação.
Em vigor a pouco mais de um ano, a Reforma Trabalhista já havia representado um grande retrocesso. Como pudemos perceber, a Lei n° 13.467/2017 não modernizou as relações de trabalho, tampouco abriu novas vagas de emprego, na verdade, viabilizou a criação de novos modelos de contrato ditos como “flexíveis” quando, na verdade, são uma maneira de legalizar fraudes e formas precárias de contratação.
Com mais essa perda do Ministério do Trabalho, a luta dos sindicatos torna-se ainda mais importante, por isso, é de suma relevância ser associado à sua entidade de classe, bem como participar das assembleias, negociações, somando forças com os seus representantes. Fortaleça sua instituição sindical!
Assessoria de Imprensa - SINTTARESP