Aprovada com a promessa de que seria uma solução eficiente para a retomada da economia e, consequentemente, para os altos índices de desemprego existentes no país, a Reforma Trabalhista contradiz o principal argumento defendido por seus apoiadores.
Passados onze meses desde que foi sancionada, a Lei n° 13.467/2017 não modernizou as relações de trabalho, tampouco abriu novas vagas de emprego. Ao contrário disto, entre suas drásticas modificações, a Reforma Trabalhista viabilizou a criação de novos modelos de contrato de trabalho ditos como “flexíveis” quando, na verdade, são uma maneira de legalizar fraudes e formas precárias de contratação.
Desde então o país vem registrando um aumento expressivo nos índices de desemprego e de vagas informais. Segundo dados divulgados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) o mercado informal alcançou 40% da força de trabalho no trimestre encerrado em junho.
Isto significa que o Brasil diminuiu o número de pessoas empregadas com carteira assinada. Com isso, benefícios previstos na CLT como férias remuneradas, licença maternidade e décimo terceiro deixam de ser uma realidade para os trabalhadores.
Jabuticabas brasileiras
O pagamento do 13° salário e adicional de férias foram alvo de duras críticas por parte do general Hamilton Mourão (PRTB), candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro, que classificou os direitos trabalhistas como "jabuticabas" por só existirem no Brasil.
Voltado para uma plateia de empregadores, em seu polêmico discurso Mourão afirmou “Temos umas jabuticabas que a gente sabe que são uma mochila nas costas de todo empresário”, disse. “Como a gente arrecada 12 meses e pagamos 13? O Brasil é o único lugar onde a pessoa entra em férias e ganha mais”, continuou ele. O general ainda destacou que o décimo terceiro é um dos gastos que o Brasil precisa diminuir para ter competitividade internacionalmente.
Dentro deste contexto, é preciso chamar atenção dos profissionais da Radiologia que além dos retrocessos trazidos pela Reforma Trabalhista, corremos o sério risco de termos mais direitos retirados. Não podemos esquecer que o décimo terceiro e o adicional de férias são complementos importantes à renda dos brasileiros. Por isso, neste segundo turno, vote consciente, vote em defesa da classe trabalhadora!
O FUTURO DA CLASSE TRABALHADORA DEPENDE DE VOCÊ!
DIGA NÃO AO RETROCESSO!
Assessoria de Imprensa - SINTTARESP