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publicado em 07/12/2015

ARTEFATOS NA IMAGEM RADIOGRÁFICA: TÉCNICA PARA REDUÇÃO DE RUÍDOS


Na radiologia, um artefato é uma área com densidade óptica diferente da esperada, que não foi causada pela interação do feixe de raios X com a estrutura examinada, mas sim por algum problema durante o processo de aquisição, seja ele por processamento, manuseio ou armazenamento da imagem. Os artefatos afetam as características e, consequentemente, a qualidade das imagens.

Eles podem interferir a visualização da imagem e consequentemente ocasionar um diagnóstico errado, suas causas devem ser identificadas para prevenção. O fator gerador mais comum de artefatos em imagens radiográficas, podem ser divididas em: processamento, exposição, manuseio e armazenamento.

Os artefatos de exposição estão diretamente ligados à maneira como o exame é realizado e, normalmente, são fáceis de identificá-los e corrigi-los, neste caso os mais comuns são:
 
• Posicionamento incorreto da tela intensificadora e do filme no chassi;
• Mau contato entre a tela intensificadora e o filme;
• Cassete defeituoso;
• Posicionamento incorreto da grade;
• Exposição insuficiente;
• Superexposição;
• Exposição dupla do mesmo filme;
• Posicionamento incorreto do paciente;
• Movimento do paciente;
• Imagem de objeto estranho.
 
A tela intensificadora e o filme radiográfico devem ser posicionados corretamente em um cassete sem defeitos para que haja perfeito contato entre eles. Caso contrário, a luz produzida na tela irá divergir, resultando em perda de definição na região da imagem referente ao local onde o contato tela-filme é ruim.

O posicionamento da grade também é importante. Ela deve ser posicionada perpendicularmente ao feixe central de raios X, e esse feixe deve passar pelo seu centro. Caso algum erro seja cometido durante esse posicionamento, regiões com densidades ópticas inesperadas aparecerão na imagem. Quando a grade é colocada de maneira invertida, por exemplo, faixas verticais escuras aparecem na imagem.

Outros dois problemas estão relacionados com exposição insuficiente ou superexposição à radiação. No caso de superexposição, há perda de informação de estruturas anatômicas menos densas. Já em casos de exposição insuficiente, há perda de contraste e aparência granulosa da imagem.

A redução ou prevenção de artefatos de exposição também depende da preparação e posicionamento do paciente. Esse deve ser posicionado de maneira que a estrutura a ser examinada fique paralela ao plano do detector e mais próxima possível dele. Já o feixe central de raios X deve passar no centro da estrutura. Esses cuidados reduzem artefatos de magnificação e distorção da imagem.

Não podemos esquecer que o paciente deve ser sempre instruído a ficar imóvel ou, em alguns casos, a respirar com determinada frequência, para diminuir o borramento da imagem devido ao movimento. Deve-se também verificar se o paciente carrega algum objeto próximo à estrutura a ser examinada, como colar, brincos e outros acessórios, para não haver artefatos.

Os artefatos podem ser corrigidos se o profissional da radiologia tiver maior atenção ao realizar o exame, quanto ao posicionamento dos equipamentos e do paciente, às instruções que devem ser dadas aos pacientes sobre movimento e respiração, e também em relação aos parâmetros utilizados para aquisição da imagem (corrente no filamento, voltagem no tubo, tempo de exposição, entre outros). A maioria desses artefatos pode ocorrer em tanto radiografia convencional quanto digital.

 
Fonte: PORTAL EDUCAÇÃO 
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