Osteoporose é uma doença caracterizada por baixa resistência óssea e risco aumentado de fraturas. Estas fraturas geralmente ocorrem após traumas leves, como quedas da própria altura. Cerca de 10 milhões de fraturas por osteoporose são diagnosticadas em todo o mundo anualmente, a maioria delas na coluna, quadril e punho. Apesar da osteoporose em si não causar sintomas, as fraturas podem resultar em limitação para caminhar, depressão, dor crônica e outras complicações. É importante identificar esta doença precocemente com o objetivo manter uma vida ativa, saudável e independente.
O organismo está constantemente reabsorvendo (“comendo”) osso velho e substituindo-o por osso novo, processo chamado de remodelamento ósseo. Em ossos normais, existe um equilíbrio entre a formação e a reabsorção óssea. As células responsáveis pela formação óssea são conhecidas como osteoblastos. As células responsáveis pela reabsorção (“comer”) do osso velho são chamadas de osteoclastos. Os dois tipos de células são os “operários” que mantem a estrutura normal do osso.
A osteoporose é caracterizada pela quebra no equilíbrio entre osteoblastos e osteoclastos, com redução na formação de osso novo ou aumento na reabsorção óssea. O resultado é a diminuição na densidade óssea e o enfraquecimento ósseo.
Outros fatores associam-se a osteoporose para aumentar o risco de fraturas: idade avançada; deficiência hormonal; baixo nível de atividade física; uso de corticóides e facilidade para quedas.
A incidência de fraturas por osteoporose aumenta exponencialmente com a idade. Este aumento ocorre cerca de 10 anos mais tarde nos homens do que nas mulheres.
Causas
A osteoporose é similar a outras doenças crônicas quando se refere a multiplicidade de causas. Existem vários fatores causais e normalmente se identifica mais de uma causa em cada paciente. Apresentamos a seguir as principais causas de osteoporose.
A quantidade de massa óssea acumulada por algum indivíduo é chamada de pico de massa óssea (PMO). Este pico normalmente ocorre na terceira década de vida e um baixo PMO contribuirá para o desenvolvimento da osteoporose em uma idade mais avançada. Exercícios físicos na infância e adoslescência são associados com aumento no PMO, provavelmente diminuindo o risco de osteoporose no futuro.
O atraso no desenvolvimento sexual em homens tem sido associado com menor PMO, tendo em vista que o esqueleto provavelmente tenha um período crítico para responder aos hormônios sexuais. A genética também tem alguma influência no PMO. Pessoas de origem branca têm menores PMO que africanos ou hispânicos, a qual é uma das explicações para a osteoporose ser mais frequente em brancos. Outros fatores que diminuem a formação óssea em crianças são: crescimento inadequado; desnutrição; deficiência muscular; inflamação crônica e medicações como os corticóides.
Envelhecimento
A formação óssea é progressivamente superada pela reabsorção com o passar dos anos, tanto em homens quanto em mulheres. A perda da massa óssea começa após o pico de massa óssea na terceira década de vida. Entretanto, a maior perda acontece após os 65 anos de idade. Existem duas razões que fazem as mulheres mais suscetíveis a osteoporose:
1) Homens acumulam mais massa óssea na adolescência;
2) Homens perdem menos massa óssea com o envelhecimento, tendo em vista que eles não sofrem a parada brusca na produção de hormônios vista em mulheres na menopausa.