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publicado em 06/11/2024
O Escudo do Trabalhador: como os Sindicatos defendem os trabalhadores na atualidade ?
De Hollywood ao setor de radiologia no Brasil, sindicatos se tornam essenciais para negociar melhores condições de trabalho em uma era de automação e precarização.
É comum ouvir nos noticiários que, em várias partes do mundo, trabalhadores entram em greve ou novos sindicatos estão sendo formados. Nos Estados Unidos, trabalhadores portuários da Costa Leste paralisaram suas atividades, reivindicando aumento salarial e regulamentação no uso de robôs nos portos, o que impactou a logística em todo o país.
No ano passado, roteiristas e atores de Hollywood também aderiram à greve por razões semelhantes, demandando ajustes salariais e normas para o uso de inteligência artificial. Foram quatro meses de protestos em frente aos estúdios, em defesa de condições de trabalho mais justas.
As greves não se limitam aos países do Norte econômico. Na Argentina, trabalhadores do setor de transporte estão em greve, paralisando serviços de trens, aviões, caminhões, táxis, barcos e atividades portuárias em todo o país. Os protestos são contra políticas econômicas voltadas à privatização, corte de subsídios e redução do aparato estatal, medidas radicais propostas pelo presidente Javier Milei.
Essas mobilizações e o tom firme dos sindicatos indicam que a relação entre empregadores e trabalhadores está cada vez mais tensa. Em todos esses contextos, os sindicatos têm sido fundamentais para unir a força dos trabalhadores e direcionar as discussões para onde mudanças são necessárias, desafiando o status quo.
No Brasil, o cenário apresenta desafios particulares, com o número de sindicalizados em queda. Atualmente, são 8,4 milhões, o menor nível desde 2012, segundo a PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios). A pesquisa também revela o crescimento de trabalhadores autônomos, com a pejotização alcançando um terço da força de trabalho no país.
Esse panorama reflete a realidade da nossa categoria. O SINTTARESP já se manifestou sobre o uso de tecnologias como a Telerradiologia (leia mais aqui), que ameaça o futuro da profissão – uma situação que lembra a dos trabalhadores americanos, preocupados com a substituição humana por robôs e inteligência artificial, o que torna o trabalho ainda mais precário.
Outra questão é o regime de sócio-cotista. Já abordamos essa modalidade de contratação (leia mais aqui), na qual muitos trabalhadores relatam a perda de direitos, com empresas incentivando esse regime sem esclarecer questões como a ausência de adicional de insalubridade e noturno, dificuldade na contagem da aposentadoria especial, salários abaixo do piso estabelecido, jornadas irregulares e exposição excessiva à radiação, entre outras irregularidades.
Nesses casos, o papel do Sindicato é essencial. Com sua fiscalização e departamento jurídico, o Sindicato pode reivindicar salários justos, regulamentar o uso de novas tecnologias, dar visibilidade a situações que não recebem atenção da mídia e proteger os trabalhadores da exploração.
Em todos os exemplos mencionados, a existência de um Sindicato viabilizou a mobilização dos trabalhadores, unindo seus interesses em prol de toda a categoria. Essas organizações remontam aos primeiros sindicatos surgidos na Inglaterra, durante a Revolução Industrial.
Os trabalhadores de hoje, após séculos de modelo capitalista, ainda lutam pelas mesmas demandas dos trabalhadores das indústrias têxteis londrinas: condições de trabalho dignas, aumento salarial e regulamentação do uso de máquinas – a "inteligência artificial" da época.
SINTTARESP, A LUTA É PARA VALER NA DEFESA DO TRABALHADOR!
Secretário de Imprensa Georges Ken Norton de Oliveira