O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou na quarta-feira de 07 de junho que
o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) teve alta de 0,36% no mês de maio. Agora o índice acumulou alta de 2,79% no ano e alta de 3,74% nos últimos 12 meses. O INPC não acompanha a inflação real do país, prevista para 5,42% este ano, ou seja, o trabalhador perde poder de compra.
O INPC, índice que mede a
variação de preços para consumos essenciais do trabalhador brasileiro, continua tendo pequenas altas, se comparado aos últimos 5 anos. Entretanto,
o poder de compra dos brasileiros segue defasado, uma vez que diminuição da inflação não significa que haverá diminuição generalizada dos preços. Esse fenômeno é a deflação.
Por sua vez,
o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) desacelerou para 0,23%, já que em abril estava em 0,61%. Nos cinco primeiros meses do ano o IPCA acumulou alta de 2,95% e 3,94% nos últimos 12 meses.
O IPCA é o índice que calcula as tendências inflacionárias e analisa o preço médio de bens e serviços no Brasil. Além de fazer um recorte mais geral da população, enquanto o INPC analisa pela perspectiva de famílias que possuem renda menor. Esses índices são
essenciais para se projetar e analisar a inflação, embora, de fato, não tenham uma relação imediata de causa e efeito.
Apesar de especialistas na área econômica preverem um melhor poder de compra para o povo brasileiro nos próximos meses, o Brasil segue com a
maior taxa de juros real do mundo e a indefinição sobre os impactos da mudança da política de preço da Petrobras ainda mantém um nível de tensão sobre o país.
Aos poucos
a tendência é que o brasileiro recupere ao menos parte do poder de compra que já teve um dia, nos anos 2000, já que há um clamor de parte do governo atual para o estímulo ao crédito, aquecendo a economia e fomentando o consumo do trabalhador médio.
Mais importante do que torcer para a economia e o poder de compra de todos melhorar é tomar as atitudes corretas no plano econômico, pois
nenhuma decisão na área da economia é técnica. Toda decisão é política. Tudo é decidido sobre qual lado se quer agradar, o lado dos patrões e da grande burguesia brasileira ou do povo brasileiro.
Não dá para ficar dos dois lados. Ou a população tem um ganho significativo em aumento do salário mínimo, como já está ocorrendo, poder de compra e qualidade de vida, ou tudo isso piora. Não existe estagnação quando a inflação continua subindo ano após ano.
Esse é um dos motivos pelos quais
ressaltamos a importância dos fechamentos das Convenções e Acordos Coletivos e mobilização da categoria em período de campanha salarial.
SINDICALIZE-SE, JUNTOS SOMOS MAIS FORTES!
Secretário de Imprensa
Georges Ken Norton de Oliveira