A poliomielite, doença que causa paralisia infantil, volta a assombrar o Brasil depois de 40 anos. Especialistas analisam que a ideologia antivacina e ausência (e negligência) na elaboração de um programa nacional constante de incentivo à vacinação estão entre as causas para esta catástrofe.
Como se não bastasse a pandemia da Covid-19, que vitimou milhões ao redor do mundo - muitos destes vítimas da ideologia antivacina - a poliomielite está prestes a retornar com força no Brasil, assim como o sarampo, que voltou nos últimos anos.
A baixa adesão da população à vacinação faz com que doenças consideradas erradicadas voltem a fazer inúmeras vítimas. O Brasil não é o único país que a poliomielite assombra. Moçambique e Malauí são dois países que enfrentaram grave surto da doença, pois, não coincidentemente, tem baixa adesão à vacinação.
A influência e o poder estatal, para o combate a estas doenças, por meio do Ministério da Saúde, é gigante, mas nos últimos anos, sob o governo de Jair Bolsonaro, tem havido uma contrapropaganda à vacinação. O deboche e a minimização da vacinação de um chefe de estado deforma a opinião pública para aderir a esta ideia antissocial e que atenta contra a vida de milhões de pessoas. Jair Bolsonaro e seus ministros da saúde carregarão mais esta marca negativa e sombria.
Em 2013 todas as crianças que deveriam tomar a vacina contra a polio se imunizaram. Já em 2020 75,86% aderiram à vacina, certamente influenciada por seus pais (já que a idade da vacinação contra a polio não nos leva a crer que uma criança rejeite as gotinhas por alguma ideologia). Os pais, por sua vez, possivelmente influenciados pelo negacionismo bolsonarista.
Além da polio, as vacinas contra as hepatites A e B, rotavírus, a vacina meningocócia entre outras, decresceram na adesão de 2015 até os dias atuais, com grande ênfase nos últimos anos, o que coloca a vida de milhões de crianças brasileiras em risco.
O SINTTARESP alerta que as vacinas são imprescindíveis para o controle e a erradicação de inúmeras doenças e amenizam os efeitos de outras tantas enfermidades e JAMAIS compactuaremos com a irresponsabilidade e as mentiras da ideologia antivacina.
Secretário de Imprensa
Georges Ken Norton de Oliveira